Em 2023, o Brasil se tornou o maior exportador mundial de cortes cárneos congelados de suínos, com 32% do mercado global, o que representou cerca de 1,08 bilhão de toneladas e gerou uma receita de 2,6 bilhões de dólares, de acordo com dados do Comtrade/ONU. Os Estados Unidos, em segundo lugar com uma participação de 29%, foram seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

Essas informações foram reveladas no Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

No mesmo ano, segundo o Agrostat/MAPA, os cortes cárneos congelados responderam por 90% do total de carne suína exportada pelo Brasil, abrangendo carne in natura, carne industrializada e miudezas de carne suína. Santa Catarina liderou as exportações desse tipo de corte, com 56%, seguido por Rio Grande do Sul (23%) e Paraná (14%).

Dentre os cortes cárneos de suínos congelados, os de NCM 02032900 foram os mais comercializados, representando 97% do volume exportado, com preço médio de US$ 2,44 por kg. Enquanto isso, os cortes de NCM 02032200 tiveram um volume menor, com preço médio de US$ 1,59 por kg.

Os principais parceiros comerciais do Brasil para esses produtos em 2023 foram China (34%), Hong Kong (10%) e Filipinas (9,9%). A China, maior importadora mundial de cortes cárneos da categoria NCM 02032900, escolheu o Brasil como principal fornecedor, contribuindo com metade do volume total importado pelo país, seguido pelos Estados Unidos (21%) e Canadá (17%).

Com base nesses dados, o Brasil se destaca como o terceiro maior exportador global de carne suína em 2024, conforme classificação do USDA, e mostra um potencial considerável de expansão de mercado devido à crescente preferência pelos cortes cárneos congelados de suínos brasileiros no cenário internacional.