Mercado do milho se mantém estável com leves altas

Possível redução na safra de milho: uma tendência preocupante

Mercado do milho se mantém estável com leves altas

Os preços do milho permaneceram estáveis no Brasil, havendo alguns aumentos em certas regiões. A média no Rio Grande do Sul foi de R$ 52,21 por saco, enquanto nas principais praças locais se manteve em R$ 50,00. De acordo com o boletim semanal da CEEMA, em outras regiões do Brasil os preços do cereal variaram entre R$ 37,00 e R$ 58,00 por saco. Esse suporte moderado nos preços é atribuído à previsão de safra menor de milho no país neste ano. A safra de verão, que está quase finalizada, é estimada em 23,4 milhões de toneladas - 14,5% abaixo do ano anterior. A segunda safra seria de 87,3 milhões de toneladas, com uma queda de 14,7%, e a terceira safra de 1,99 milhão, correspondendo a um recuo de 7,6%, conforme dados da Conab e do Cepea.

Em relação ao plantio da safrinha de milho, até 14/03, atingiu 97% da área no Centro-Sul brasileiro, enquanto a safra de verão estava 68% colhida na mesma data, segundo o AgRural. No Paraná, o plantio da safrinha atingiu 96% da área esperada, em comparação com 77% da safra anterior, marcando o índice de plantio mais avançado em anos, igualando-se a 2016 de acordo com o Deral.

No que diz respeito à exportação de milho, o Brasil enviou 227.832 toneladas até o final da segunda semana de março, contra 1,3 milhão de toneladas em março de 2023. A média diária de embarques teve uma redução de 64,3% em relação ao ano anterior. O preço médio do milho brasileiro recuou 19,8% em um ano, chegando a US$ 274,80 por tonelada. O Brasil superou os EUA nas vendas de milho para a China nos primeiros dois meses de 2024, sendo exportadas 4,1 milhões de toneladas de um total de 6,19 milhões compradas pelo país asiático.

Por sua vez, as importações chinesas de milho dos EUA caíram 67%, para 766.989 toneladas nos dois primeiros meses do ano. O Brasil está interessado em exportar milho e soja pelo porto de Chancay, no Peru, controlado pela China, buscando reduzir o tempo de trânsito para a Ásia através do Oceano Pacífico, contornando os possíveis atrasos no Canal do Panamá devido às condições climáticas. (Fonte: Reuters)