Chegada de La Niña não impedirá inverno quente
A emergência do fenômeno La Niña está se tornando cada vez mais clara devido à constante atualização das simulações climáticas. Há projeções divergentes sobre a intensidade do evento, com algumas indicando um quadro considerável e outras apontando para uma La Niña mais moderada.
Para muitos produtores, a menção de La Niña traz lembranças do passado recente, após um ciclo de três anos consecutivos deste fenômeno, seguido por condições de El Niño na safra atual de 2023/24. Durante o último período de La Niña, ocorreram condições de frio extremo que impactaram plantações de algodão no sul de Mato Grosso.
As previsões atuais apontam para alta probabilidade de La Niña se estabelecer entre junho e agosto, com anomalias na temperatura da superfície do mar abaixo de -0.5°C. Mesmo assim, é importante ressaltar que, apesar da associação histórica de La Niña com invernos mais frios, o inverno de 2024 tende a ser mais quente que a média devido aos registros de temperaturas globais recordes desde junho de 2023.
Portanto, as projeções indicam um período de maio a julho com temperaturas acima da média no Brasil, o que pode impactar o potencial produtivo de algumas culturas. Embora seja cedo para prever com precisão, a La Niña pode influenciar o regime de chuvas no Brasil, prevendo um verão com menos precipitações no sul e chuvas acima da média no centro-norte do país.