As condições climáticas desfavoráveis continuam impactando os campos brasileiros, afetando o mercado agrícola. Segundo o boletim da Grão Direto, as chuvas esperadas têm se concretizado, mantendo aproximadamente 50% dos produtores rurais sem começar a colheita da soja. Isso tem gerado atrasos na entrada do produto no mercado e elevado os preços para entregas futuras.

Os custos logísticos seguem instáveis devido ao atraso na colheita da safra de soja, que ainda não se normalizou nesta época do ano. No entanto, há expectativas de mudanças positivas em abril, à medida que a colheita avança e os produtores procuram cumprir seus compromissos financeiros.

Apesar dos desafios locais, há perspectivas otimistas a nível internacional. As exportações de soja brasileira estão 30% maiores do que no ano anterior, o que pode indicar uma melhora no mercado, historicamente afetado pela baixa demanda. Esse aumento nas exportações coincide com previsões do relatório do USDA, trazendo boas perspectivas para os produtores nacionais.

Além disso, novos fatores estão surgindo no cenário global, como o aumento das compras de farelo pela China e os problemas na produção de óleo de palma na Malásia. Esses elementos têm ajudado a manter os prêmios em um nível positivo para entregas futuras, enquanto o mercado de óleo vegetal se anima com a chegada da temporada de alta dos combustíveis.

No aspecto econômico, o dólar está próximo de R$5,00, após o anúncio de um Payroll nos EUA acima das expectativas, levantando debates sobre a resistência do país em relação às medidas de controle da inflação. Para o Brasil, que planeja um corte adicional de 0,5% na próxima reunião, há incertezas sobre o impacto desse resultado em uma possível redução mais moderada da política monetária.