Comercialização de soja: Ainda é mais vantajoso vender apenas o necessário

Colheita avança rapidamente, impulsionando a safra

Comercialização de soja: Ainda é mais vantajoso vender apenas o necessário

Segundo a recomendação da TF Agroeconômica, a orientação é vender no físico somente a quantidade necessária para honrar os compromissos assumidos, reservando de 5 a 8% para comprar contratos futuros e aproveitar as futuras altas previstas, especialmente diante da possível liquidação de contratos vendidos acumulados nos últimos meses.

Os principais motivos para a alta da soja são as quebras de safra em regiões com grande capacidade de esmagamento e a forte demanda da China. No Brasil, estados como o Paraná, Centro-Oeste e Sudeste enfrentaram significativas perdas na safra, o que deve gerar competição por matéria-prima entre as indústrias locais, elevando os preços. Além disso, o Brasil tem preços competitivos no mercado global e oferece soja com índice de Profat superior aos concorrentes, o que aumenta a preferência chinesa pelo produto brasileiro.

Por outro lado, os fatores que podem levar à baixa incluem o avanço da colheita no Brasil, a preferência de compradores por outros países e as boas expectativas para a safra argentina. A pressão sobre os preços em Chicago é acentuada pelo aumento das exportações brasileiras para a China, que cresceram 211% no primeiro bimestre em relação ao ano anterior.

Por fim, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires relatou que a condição das lavouras de soja na Argentina se mantém estável, com 84% da safra em estado entre normal e excelente. A parcela considerada regular ou ruim permanece em 16%.