O cultivo da soja continua sendo o foco no Rio Grande do Sul, conforme informações divulgadas pelo Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, ligada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). Atualmente, 68% das áreas plantadas estão na fase de enchimento de grãos, 8% entraram na fase de maturação, e algumas já foram colhidas, embora sem impacto estatístico significativo.

De acordo com a análise, houve uma melhoria substancial nas plantações de soja, especialmente após um aumento na frequência de chuvas em fevereiro. Em algumas partes do estado, o volume de chuvas ultrapassou os 200 mm, enquanto nas regiões Sul e Campanha a precipitação foi menor, resultando em um cenário de estiagem localizada.

Durante a Expodireto Cotrijal, realizada em Não-Me-Toque nesta semana, a Emater/RS-Ascar divulgou a atualização da estimativa da safra de grãos de verão 2023/2024. A área plantada com soja no estado foi revisada para 6.681.716 hectares, um aumento de 0,35% em relação à safra anterior (2022/2023). O destaque foi o aumento na produtividade, que deve subir 70,83%, impulsionando a produção estadual de soja para 22.246.630 toneladas, um crescimento de 71,52% comparado a 2023.

Apesar dos avanços, os agricultores estão enfrentando desafios fitossanitários, com o aumento da pressão de doenças, especialmente a ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi). A queda antecipada das folhas inferiores em áreas no início da maturação tem sido observada, indicando a severidade da ferrugem. A ineficácia na aplicação de fungicidas em algumas áreas tem levado a uma desfolha precoce das plantas. Em resposta, os produtores estão intensificando a vigilância das plantações, reduzindo os intervalos entre as aplicações de fungicidas e optando por produtos de ação localizada para minimizar o estresse nas plantas.