Segundo o reporte do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os estoques e a área plantada de soja estão acima das projeções, o que gera uma perspectiva de queda nos preços a curto, médio e longo prazo, a menos que ocorra um desastre climático nas safras dos EUA ou Brasil. Por outro lado, o aumento da demanda da China, direcionada para a América do Sul, não será suficiente para diminuir os estoques americanos e elevar os preços, conforme indicam os prêmios desfavoráveis de exportação, que apontam para um excesso de oferta em relação à demanda.

Considerando essas análises, a recomendação é a seguinte: em primeiro lugar, sugere-se reduzir a área plantada na próxima safra para equilibrar a lucratividade no longo prazo. Em segundo lugar, é aconselhável aproveitar as oportunidades de alta nos preços da soja para fixar preços ou realizar vendas, devido à tendência geral de queda prevista para 2024. Por fim, diante da perspectiva de estabilidade ou queda nos preços, recomenda-se vender rapidamente e investir no mercado financeiro para maximizar os ganhos antes de cumprir obrigações financeiras.

A TF destaca que não se visualizam fatores de alta no curto prazo, a menos que ocorra uma calamidade na produção de soja nos EUA. Portanto, a recomendação é estar atento a possíveis momentos de tomada de lucro pelos Fundos ao longo do ano, aproveitando tais oportunidades, uma vez que os preços devem declinar em direção ao patamar de $10/bushel. Além disso, o relatório do Rabobank indica que a comercialização da soja brasileira e o início da colheita na Argentina devem exercer pressão sobre os preços em 2024, confirmado pela tendência de baixa da produção nos EUA e o aumento na produção sul-americana.