Impactos da inflação no consumo interno do milho.
Segundo a TF Agroeconômica, na Bolsa de Chicago, a soja encerrou o dia em queda devido às perspectivas de aumento nos estoques e na inflação nos Estados Unidos. O contrato de soja para maio24, que é usado como referência para a safra brasileira, fechou com uma baixa de -0,83%, cotado a $ 1174,75 por bushel. Já o contrato de julho24, também utilizado como referência para a safra brasileira, registrou uma queda de -0,82%, atingindo $ 1178,00 por bushel. Tanto o contrato de farelo de soja para maio como o de óleo de soja encerraram o dia com variações, com o farelo em baixa de -1,40% e o óleo em alta de 0,17%.
Os dados da inflação nos EUA ficaram acima do esperado, o que pode impactar o consumo interno no curto e médio prazo. Além disso, a expectativa de aumento nos estoques finais de soja divulgada pelo USDA, devido à baixa demanda do grão americano, influenciou negativamente a cotação da soja. Mesmo com vendas consideráveis para exportação nos últimos dois dias, a oleaginosa não escapou da queda. A perspectiva de um aumento nas exportações brasileiras em abril, para 12,73 milhões de toneladas, também pressionou as cotações.
O secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, sugeriu que a China está favorecendo o milho e a soja brasileiros, possivelmente como uma forma de retaliação às restrições impostas à propriedade de terras agrícolas nos EUA. Vilsack mencionou a decisão do estado do Arkansas de obrigar a empresa de sementes Syngenta, controlada pela chinesa Sinochem, a vender 160 acres de terras agrícolas.