Atraso na comercialização e quebra na produção afetam mercado global e local
Conforme informações recentes da Secex, as exportações de soja de Mato Grosso em março de 2024 totalizaram 3,93 milhões de toneladas, representando uma queda expressiva de 24,98% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa redução está relacionada ao atraso na comercialização da soja e à possível quebra na produção do estado, de acordo com o relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A China, principal comprador, adquiriu 2,46 milhões de toneladas, o que equivale a 62,68% do total exportado por Mato Grosso.
No caso do farelo de soja, as exportações também diminuíram significativamente, chegando a 625,26 mil toneladas, uma redução de 16,65% em comparação com o ano anterior. Já as exportações de óleo de soja alcançaram apenas 8,07 mil toneladas, marcando uma queda acentuada de 86,63% em relação ao mesmo período de 2023. Esse é o menor volume exportado em treze anos, devido à baixa demanda no mercado internacional e ao aumento da procura no mercado interno.
O Imea projeta uma redução de 17,98% nas exportações de soja em grão devido à diminuição na produção do estado em 2024 em comparação com o ano anterior. Esse cenário traz desafios adicionais para os produtores e para a economia de Mato Grosso, que tem uma forte dependência do agronegócio.