Brasil perde competitividade como origem mais barata para embarques em setembro e outubro, atrás da China
De acordo com a equipe de analistas de mercado da Consultoria TF Agroeconômica, o Brasil está enfrentando escassez de soja e aumento no preço do grão. No mesmo período do ano passado, o país conseguiu embarcar 16 milhões de toneladas de soja entre setembro e janeiro, mas este ano estima-se que o volume seja reduzido, ficando entre 10 a 11 milhões de toneladas.
Na semana de 22 a 28 de Julho, a China adquiriu dos Estados Unidos 144 mil toneladas de soja para a safra nova, totalizando 2,8 milhões de toneladas para a safra velha e 10,7 milhões de toneladas para a safra nova, incluindo 50% da posição de desconhecidos.
Com isso, o Brasil deixou de ser a origem mais barata para embarque de soja em setembro e outubro, uma vez que ofertas com descontos de até 20 centavos por bushel estão sendo realizadas no PNW (portos do Oceano Pacífico nos EUA) com destino à China, de acordo com a TF Agroeconômica.
Quanto ao protocolo de requisitos fitossanitários para exportação de farelo de soja para a China, é estabelecido que o produto não contenha pragas quarentenárias como Callosobruchus maculatus, Zabrotes subfasciatus e Solenopsis invicta, bem como outras pragas, sementes de plantas quarentenárias, resíduos ou carcaças de animais, penas de aves, solo e transgênicos não aprovados pelo país asiático, conforme minuta apresentada recentemente aos representantes do setor de grãos.