Pesquisa aponta que maioria dos adultos de capitais brasileiras não consumia a quantidade mínima de frutas, legumes e verduras em 2023
De acordo com especialistas do Instituto Escolhas e da Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, em 2023, a maioria dos adultos que vivem em capitais brasileiras (78,6%) não estava consumindo a quantidade mínima recomendada de frutas, legumes e verduras, o que poderia ser melhorado com o estímulo à produção desses alimentos na zona urbana.
Os pesquisadores destacam que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo diário de 400 gramas desses alimentos essenciais para manter a saúde em dia, mas menos de um quinto (19%) dos produtos adquiridos pelos domicílios em 2018 eram frutas, legumes e verduras, de acordo com dados da Vigitel Brasil 2023.
O aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, que são prejudiciais à saúde devido aos aditivos químicos presentes, tem preocupado órgãos como o Conselho Nacional de Saúde, que defende o aumento de tributos sobre esses produtos para desencorajar sua compra.
Além disso, a má alimentação está diretamente relacionada a problemas de saúde como sobrepeso, obesidade e o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Uma das soluções propostas pelos pesquisadores é fomentar a produção local de alimentos saudáveis para reduzir custos e estimular a venda direta dos agricultores locais para os consumidores das cidades.
Segundo estimativas do Instituto Escolhas, se iniciativas nesse sentido fossem incentivadas, a região metropolitana de São Paulo, Belém, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife teriam potencial para abastecer um grande número de pessoas com legumes e verduras anualmente.