Impacto das restrições na commodity continua impulsionando alta na bolsa, afirmam analistas
A volatilidade no mercado do cacau está em alta devido aos problemas persistentes na oferta global da commodity. Após uma queda de quase 7% no dia anterior, os contratos mais negociados da amêndoa, com vencimento em julho, apresentaram um expressivo aumento de 13,47%, chegando a US$ 8.610 a tonelada, nesta terça-feira (7/5).
De acordo com Ale Delara, sócio da Pine Agronegócios, "Os preços caíram 25% recentemente após uma forte liquidação dos contratos provocados pelos fundos, mas agora eles começam a se recuperar dentro dos fundamentos de mercado, que ainda enfrentam uma oferta muito limitada."
Mesmo após as baixas recentes, ele acredita que não seja um momento de estabilização para o cacau negociado em Nova York, que atingiu um valor recorde de US$ 11.878 por tonelada no mês passado. "Ainda é cedo para falar em estabilização. Provavelmente o preço retornará para uma faixa entre US$ 11 mil e US$ 12 mil por tonelada. Devemos esperar alguma reação devido ao déficit na oferta", acrescenta o analista.
Já o açúcar teve um avanço significativo em Nova York. Os contratos da commodity com vencimento em julho subiram 2,41%, atingindo 19,95 centavos de dólar por libra-peso, mesmo diante da previsão de que a produção mundial de açúcar será maior do que a demanda na safra 2024/25. Ainda assim, o superávit global estimado para o próximo ciclo será de 2,51 milhões de toneladas, menor do que os 3,86 milhões da safra 2022/23, de acordo com a Stonex.
Em relação ao suco de laranja, os contratos do FCOJ para julho fecharam em alta de 1,49%, a US$ 3,7220 a libra-peso, enquanto o café, que havia perdido força na última semana, teve uma alta de 0,76% nos contratos futuros do arábica, chegando a US$ 1,9665 a libra-peso.
Por fim, no mercado do algodão, os contratos com entrega para julho avançaram 0,57%, atingindo 77,50 centavos de dólar a libra-peso.