Perdas na safra de citrus são ocasionadas por intensas chuvas.

Os efeitos nefastos das precipitações nas plantações de frutas: putrefação, queda e queima dos frutos.

Perdas na safra de citrus são ocasionadas por intensas chuvas.
Foto: Agrolink

De acordo com o Boletim Informativo divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (04/07), a produção de laranjas na região administrativa de Lajeado, em Montenegro, foi fortemente prejudicada pelas intensas chuvas no mês de maio. As chuvas causaram apodrecimento, queda e queimaduras nas frutas, principalmente nas variedades que amadurecem mais cedo. As variedades Montenegrina e Murcott, mesmo em regiões mais elevadas, mostram sinais de casca rachada.

Em Montenegro, as variedades precoces Satsuma e Caí estão sendo comercializadas por valores entre R$ 30,00 e R$ 35,00 por caixa de 25 kg. A colheita das bergamotas Pareci e Ponkan está quase na metade, com preços que variam de R$ 30,00 a R$ 40,00 por caixa de 25 kg. As variedades mais tardias ainda não foram colhidas.

Já em São José do Sul, a colheita da bergamota Pareci está começando, enquanto a da Caí está finalizando, com uma grande perda de frutas, resultando em uma diminuição de 30% a 40%. O valor da fruta fresca se manteve em R$ 35,00 por caixa de 25 kg, enquanto o suco está custando entre R$ 25,00 e R$ 28,00. A bergamota Pareci está sendo vendida por R$ 70,00 por caixa de 25 kg.

Em Brochier, a queda intensa e as rachaduras nos frutos estão sendo causadas pelo alto volume de chuvas e solo encharcado. A laranja Valência, principal cultura cítrica da região, está enfrentando perdas estimadas entre 70% e 80% de uma safra normal, com o preço de R$ 1.300,00 por tonelada (aproximadamente R$ 32,00 por caixa de 25 kg) entregue à indústria.

Em Tupandi, a colheita da bergamota Caí já cobre 80% da área plantada; da Ponkan, 70%; e da Pareci, 50%. As variedades de laranja Seleta e Umbigo Bahia foram totalmente colhidas. Enquanto a colheita da Céu Gaúcha atinge 80% sem registro de perdas, a de Shamouti chega a 40%.

Em Maratá, a queda de frutas e as rachaduras, especialmente na bergamota Montenegrina, são notáveis. A colheita da bergamota Caí foi finalizada, e a da Ponkan já alcançou 70% da área plantada, com preços que variam entre R$ 35,00 e R$ 50,00 por caixa de 25 kg. A colheita da bergamota Pareci está em 20%, com a caixa de 25 kg sendo vendida por R$ 70,00.

Na região de Erechim, a redução da população de moscas devido ao frio, aliado à escassez de frutas e sucos, está mantendo o mercado em alta. Mesmo com o baixo teor de açúcar, os produtores estão colhendo laranja Valência.

Em Frederico Westphalen, os pomares de laranja e bergamota estão avançando para a etapa final de maturação das variedades tardias e de ciclo médio. As variedades precoces estão em plena colheita e comercialização, com a bergamota Ponkan e Caí sendo vendidas por valores que variam entre R$ 30,00 e R$ 40,00 e R$ 45,00 a R$ 50,00 por caixa de 25 kg, respectivamente.

Em Santa Rosa, a colheita de cítricos continua com muitas árvores infestadas por pulgões e larvas-minadoras. A bergamota Ponkan e as laranjas das variedades Céu, Umbigo Bahia, Rubi e Salustiana estão começando a ser colhidas, principalmente para consumo próprio.

Na região de Soledade, estão sendo colhidas bergamotas e laranjas da variedade Umbigo, além das variedades precoces como Salustiana. A colheita antecipada da bergamota precoce (Caí, Pareci, Comum e Ponkan) está sendo realizada devido à queda de frutas após as chuvas excessivas e falta de luminosidade. A produção de cítricos este ano está abaixo do esperado, com a época chuvosa durante a floração sendo apontada como principal motivo da redução na produtividade.