Redução do volume de envios internacionais
No ano passado, os produtores de açúcar de cana-de-açúcar no Paraná tiveram motivos para celebrar, de acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária da semana de 26 de janeiro a 1 de fevereiro. Segundo o relatório do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), com dados da plataforma Agrostat do Ministério da Agricultura e Pecuária, houve um aumento de 21% no valor das exportações de açúcar do Paraná, apesar da queda de 3,7% no volume enviado para o exterior.
Em 2023, os produtores paranaenses exportaram 2,59 milhões de toneladas de açúcar, comparado com 2,69 milhões no ano anterior. O aumento nos preços internacionais resultou em uma receita de US$ 1,26 bilhão no Paraná, superando os US$ 1,04 bilhão de 2022. A redução na produção indiana fez com que o país buscasse açúcar do Paraná, algo que não ocorria desde 2020.
Apesar da importância das compras indianas, os principais destinos do açúcar paranaense foram a Argélia, com 352 mil toneladas, e a Malásia, com 324 mil toneladas. Esses mercados têm sido regulares por pelo menos uma década, compensando a ausência dos compradores russos. A Rússia, que tinha comprado 1 milhão de toneladas em 2008, não comprou nada no ano passado.
A atratividade dos preços impulsionou o aumento da participação do açúcar na produção paranaense, passando de 45% para 46% do volume total. Apesar disso, a safra de 35,2 milhões de toneladas de cana também aumentou a produção de etanol, chegando a 1,22 bilhão de litros, um crescimento de 12% em relação a 2022.