O mercado apresentou indícios de equilíbrio, ao contrário do aperto extremo previsto anteriormente. Como resultado, os preços despencaram e as posições especulativas quase desapareceram. Uma nova faixa de estabilidade foi estabelecida entre 20,5 e 22c/lb, com o açúcar bruto oscilando ao redor disso. Já o açúcar branco, por sua vez, tem uma situação um pouco diferente.

Diante de um pequeno déficit após o processamento do açúcar bruto, o prêmio do açúcar branco pode encontrar apoio a curto e médio prazo. Além disso, o conflito em curso no Mar Vermelho tem contribuído para os ganhos recentes. Interrupções no comércio internacional com o leste da África e o leste da Ásia, devido a aumentos de custos, também têm impactado.

A análise dos fundamentos atuais sugere uma tendência de baixa no mercado. Embora os preços permaneçam historicamente elevados, a situação favorável no Brasil e a expectativa de uma grande safra em 24/25 podem trazer conforto por um tempo. A melhora na produtividade em alguns estados da Índia, entretanto, não garante uma safra comparável à de anos anteriores, sem contar com exportações.

No cenário global, fatores como conflitos geopolíticos, as ações dos bancos centrais contra a inflação e padrões climáticos imprevisíveis requerem cuidados especiais. O possível retorno do La Niña pode trazer impactos variados, dependendo de sua intensidade e duração, afetando a produtividade e, consequentemente, os preços do açúcar.

Assim, é importante monitorar não apenas o mercado, mas também eventos climáticos e geopolíticos que podem influenciar a oferta e demanda de açúcar, sendo essenciais para prever possíveis oscilações nos preços nos próximos períodos.