De acordo com o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), o encerramento da semana traz boas novidades e desafios para os produtores, principalmente os ligados à produção de feijão. A presença de mais compradores trouxe otimismo inicial ao mercado, levando os empacotadores a procurarem repor seus estoques após uma semana com menos negócios.

Contudo, há nuances preocupantes no cenário, com produtores agindo com cautela e testando os limites do mercado para determinar o preço mínimo viável. Entre as preocupações que pairam sobre a comunidade agrícola, destaca-se a segunda safra de feijão e o aumento das infestações de mosca branca. Relatos e vídeos apontam para uma pressão intensa, sobretudo em regiões que se estendem de Minas Gerais a Goiás.

A mosca branca, conhecida como Bemisia tabaci, é uma praga que pode causar danos significativos à cultura do feijão, seja pela sucção de seiva das folhas, reduzindo a fotossíntese e o vigor das plantas, seja pela transmissão de vírus, como o mosaico dourado, prejudicando ainda mais o desenvolvimento e a produtividade das plantações. Além disso, a praga excreta uma substância açucarada, chamada melada, propiciando o crescimento de fungos e atraindo outros insetos.

O impacto da mosca branca nas plantações de feijão pode ser extremamente severo, podendo chegar a inviabilizar o cultivo em determinadas áreas e períodos, devido às altas taxas de infestação. Estima-se que as perdas de produtividade possam atingir até 100%. Mesmo os produtores mais experientes, que adotam estratégias de manejo integrado da praga, como o monitoramento da população, controle biológico, cultural e químico, enfrentam o desafio de reduzir a área cultivada devido ao risco iminente.