O girassol não é apenas uma das culturas de sementes de óleo mais importantes, mas também uma das principais fontes de sumo vegetal consumível mundialmente. Sendo considerado premium em relação a outros óleos vegetais, a produção tem crescido nos últimos anos, garantindo benefícios econômicos para a cultura. De acordo com a consultoria alemã OilWorld, a exportação de óleo de girassol dos cinco principais países totalizou 2,3 milhões de toneladas de julho a setembro, apresentando um aumento de 23% em comparação anual. Eles preveem que a exportação global possa chegar a 10,6 milhões de toneladas no ano de 2022/23, representando um aumento de 8% em comparação anual.

Para a empresa brasileira líder de processamento de soja, milho, girassol e canola, Caramuru Alimentos, o comércio global de óleo de girassol está em ascensão, com um aumento no interesse dos produtores em cultivar a planta. Segundo Célio Garcia, Diretor de Operações da Caramuru, os produtores estão mais engajados no plantio de girassol devido à sua capacidade de prosperar em diferentes tipos de solo fértil, incluindo áreas áridas, proporcionando altos rendimentos.

Em 2021, o Brasil importou 53,7 mil toneladas do produto, e a expectativa da empresa é de um crescimento nas importações na próxima safra. Segundo Túlio Ribeiro Silva, Coordenador de Negócios da Caramuru, o consumo de óleo de girassol está aumentando globalmente, impulsionado principalmente por benefícios econômicos, e ele destaca que é um dos óleos mais vendidos no segmento de óleo de marca em todo o mundo.

No Brasil, o consumo interno de óleo de girassol é de 100.000 toneladas por ano, com uma produção de 14.000 toneladas de óleo de girassol convencional e 7.000 toneladas de alto oleico, destinadas à indústria alimentícia nacional. Túlio enfatiza que cerca de 80% da produção nacional é suprida por importações, ressaltando a importância do desenvolvimento dessa indústria no país para reduzir a dependência externa desse produto oleaginoso.