O papel do girassol no controle biológico em lavouras

Girassol como armadilha para insetos: alternativa sustentável na lavoura de tomate.

O papel do girassol no controle biológico em lavouras

O uso do girassol como planta armadilha na cultura do tomateiro pode reduzir as aplicações iniciais de inseticidas em até 30%, pois atrai várias espécies de insetos-praga para suas flores e folhas, evitando que se concentrem na lavoura principal. Essa técnica, recomendada desde 2004 pela Estação Experimental da Epagri em Caçador (EECD), integra o Manejo Integrado de Pragas (MIP) visando tornar o cultivo mais sustentável.

A coloração amarela do girassol atrai os insetos devido à associação com pólen e néctar, sendo útil no controle de pragas em diferentes tipos de cultivos. Agricultores como Valmir e Fabiano Susin, de Caçador, adotaram o girassol como parte do Sistema de Produção Integrada do Tomate (Sispit) e notaram a redução significativa no uso de inseticidas na lavoura de tomate.

O plantio do girassol na bordadura da lavoura ajuda a criar uma barreira para os insetos, evitando que se desloquem para o cultivo principal. Além disso, a distância entre as plantas de girassol varia de acordo com a cultura, sendo fundamental transplantá-las adequadamente para garantir a presença de insetos benéficos e o controle das pragas.

O girassol pode ser utilizado em diversas culturas nas bordaduras do cultivo, atraindo insetos-praga e inimigos naturais para auxiliar no controle das populações. No entanto, em cultivos em estufa, seu uso não é recomendado devido ao ambiente fechado, que pode favorecer a proliferação de pragas.

Diante da conscientização ambiental, técnicas mais sustentáveis, como o Manejo Integrado de Pragas (MIP) com o uso do girassol como planta armadilha, são essenciais para reduzir os impactos negativos do controle de pragas baseado apenas em agrotóxicos.