Recentemente, pesquisadores divulgaram o êxito no desenvolvimento de uma nova variedade de pessegueiro chamada BRS Sarau, que promete suprir a falta de frutas no mercado após o fim da safra. Desenvolvida pela Embrapa, essa cultivar é ideal para consumo fresco, garantindo alta qualidade, firmeza, doçura e baixa acidez.

Com uma estimativa de produção de 20 toneladas por hectare, o BRS Sarau foi planejado para ser cultivado no Sul e Sudeste do Brasil, regiões conhecidas pela produção de frutas para consumo direto. Os frutos amadurecem aproximadamente dez dias após outra variedade comum na região de Pelotas (RS). Embora um pouco menores, os frutos compensam em sabor, tornando-se uma escolha para prolongar a colheita e oferecer qualidade aos consumidores.

Segundo o pesquisador Elbio Treicha Cardoso, responsável pela tecnologia da Embrapa Clima Temperado (RS), a meta é que o BRS Sarau ocupe 3% da área nacional plantada com pêssego de mesa, cinco anos após seu lançamento. A nova variedade apresenta boa resistência a doenças, com pouca incidência de fungos, embora seja vulnerável à bacteriose em áreas de vento forte, sendo aconselhável o uso de quebra-vento.

A apresentação oficial do BRS Sarau está marcada para o 28º Congresso Brasileiro de Fruticultura, que acontecerá de 6 a 10 de novembro no Centro de Eventos Fenadoce, em Pelotas (RS). A Embrapa está buscando viveiristas para reproduzir e comercializar o BRS Sarau aos agricultores, porém, a fruta levará um tempo até chegar aos mercados, sendo necessário manifestar interesse por e-mail até as 17 horas de 17 de novembro de 2023, conforme comunicado de oferta nº 15/2023.

Com essa inovação, espera-se que o BRS Sarau não apenas satisfaça a demanda pós-safra, mas também substitua a antiga variedade Chiripá, oferecendo aos consumidores uma opção durante grande parte do ano.