No mês passado, houve variações significativas no mercado de suínos, com aumentos nos preços do suíno vivo entregue nos frigoríficos em várias regiões, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Essas mudanças estão diretamente ligadas ao aumento da demanda por carne suína, especialmente devido às festas de fim de ano.

De acordo com informações divulgadas pelo Cepea, em novembro, as exportações brasileiras de carne suína, incluindo produtos in natura e industrializados, se recuperaram após a queda observada em outubro. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que 104,7 mil toneladas de carne suína foram exportadas no último mês, um aumento de 13,8% em relação a outubro e um crescimento de 14% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A média diária de exportações, ao longo de 20 dias úteis, atingiu 4,6 mil toneladas, um avanço mensal de 16% e anual de 7,4%.

Os preços do suíno vivo apresentaram pequenos aumentos na segunda metade de novembro, porém, as desvalorizações no início do mês impediram um aumento mais significativo na média mensal. Além disso, os preços dos principais insumos utilizados na produção de ração para suínos, como milho e farelo de soja, também subiram, afetando o poder de compra dos criadores de suínos em São Paulo.

No mesmo período, o valor médio da carcaça especial suína teve um leve aumento de outubro para novembro, enquanto os preços da carne de frango registraram um aumento um pouco mais expressivo. Isso resultou em um aumento da competitividade da carne suína em comparação com a carne de frango. Por outro lado, a carne bovina teve uma desvalorização, levando a uma pequena queda na competitividade da carne suína em relação a esse concorrente importante.