O Boi safrinha é uma técnica de aproveitamento de áreas agrícolas para a criação de gado durante a época de pousio de inverno. Esse sistema, também conhecido como pasto safrinha, se destaca pela utilização de tecnologia, como a Integração Lavoura-Pecuária (ILP).

Esse método, inspirado pela segunda safra de milho (também chamada de “milho safrinha”), consiste em semear simultaneamente com o milho ou sobressemeá-lo com gramíneas forrageiras dos gêneros Brachiaria ou Panicum. Após a colheita, a massa de capim resultante pode ser usada como pastagem para os animais, promovendo bem-estar, redução de custos e aumento da lucratividade.

No Cerrado, essa prática ocupou 3 milhões de hectares no ano-safra 2019/2020, gerando uma receita bruta de R$ 12,3 bilhões. Além disso, o sistema contribuiu para a proteção ambiental ao desocupar 9,4 milhões de hectares de pastagens e reduzir o impacto ambiental.

O Boi safrinha beneficia tanto produtores de grãos quanto pecuaristas, aumentando a produtividade das lavouras, o peso dos animais, a fertilidade do solo e reduzindo o uso de agroquímicos. Com o crescimento da demanda internacional por alimentos, a tecnologia se mostra cada vez mais valiosa, gerando resultados econômicos positivos e promovendo inovações, como a antecipação da estação de monta e a redução da idade de abate dos animais.