Recentemente, houve um aumento na preocupação com a segurança alimentar e as práticas ESG, o que tem levado a um maior valorização da origem dos produtos. Uma solução emergente para rastrear a cadeia de suprimentos agrícolas é o blockchain. Estudos apontam que os investimentos globais em blockchain na agricultura podem atingir US$ 948 milhões até 2025, com um crescimento anual composto de 48,1% desde 2020.

Diego Guareschi, CMO da Hathor, destaca que o aumento no setor do agronegócio se deve principalmente à segurança proporcionada pela tecnologia blockchain, que cria sistemas de certificação e rastreabilidade para garantir a origem sustentável dos produtos. Ele enfatiza que explorar e adotar o blockchain de maneira estratégica pode trazer benefícios significativos, impulsionando o crescimento, a competitividade e a confiança no mercado.

O uso do blockchain oferece benefícios ao mercado, promovendo transparência, eficiência e sustentabilidade na produção. Funcionando como um banco de dados descentralizado e à prova de fraudes, registra operações em blocos encadeados e imutáveis, permitindo análise futura das informações armazenadas por meio de verificadores.

Um exemplo prático disso é a inserção de QR Codes nas embalagens dos produtos, que ao serem escaneados disponibilizam informações como uso de água, fertilizantes, energia no cultivo e quantidade de carbono emitida no processo. Além disso, auxilia os produtores a ter um melhor controle das operações, otimizando tempo e recursos ao integrar tudo em uma única plataforma.

Ao fomentar a transparência e rastreabilidade, o blockchain pode contribuir significativamente para promover um maior comprometimento com a agenda ESG no setor do agronegócio brasileiro, promovendo segurança e confiança entre os envolvidos. A expectativa é que nos próximos anos seu uso continue a crescer no país, impulsionando a inovação no agronegócio e aumentando a competitividade no mercado nacional e internacional.