A Rodovia BR 163, com seus imponentes 3.579 quilômetros de extensão que se estendem do Rio Grande do Sul ao Pará, é muito mais do que uma simples via de transporte. Em todos os seis estados que corta, essa rodovia se revela como um elo vital para a produção agropecuária brasileira. Responsável pelo escoamento de cerca de 50 milhões de toneladas de grãos, transporte de insumos e equipamentos, a BR 163 é fundamental para o agronegócio. Diariamente, passam por ela aproximadamente 100 mil veículos, sendo 70% de carga, evidenciando a importância contínua ao longo do ano. Alan Hiltner, Diretor de Operações da ORÍGEO, destaca que além dos grãos, a rodovia também permite o transporte de matérias-primas, máquinas e outros produtos essenciais.

No Mato Grosso, em particular, a BR 163 assume um papel essencial na agricultura do estado, conectando os principais centros produtores ao corredor de exportação. O escoamento da safra agrícola, incluindo soja, algodão, milho e sorgo, rumo aos portos de Miritituba e Santarém, no Pará, impulsiona a competitividade dos produtos brasileiros nos mercados internacionais ao reduzir custos logísticos.

Às margens dessa relevante rodovia estão localizados alguns dos principais polos agrícolas do país, como Sorriso, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sinop e Rondonópolis. A BR 163, cuja construção teve início em 1971, é o principal canal de escoamento da produção agropecuária do Mato Grosso, acompanhando o avanço da fronteira agrícola sobre o Cerrado. Além de impulsionar a economia, a presença da rodovia contribui para a prosperidade e qualidade de vida da região, refletindo-se nos índices elevados de desenvolvimento humano (IDH) dos municípios ao longo de seu trajeto, todos acima de 0,75, conforme dados oficiais.