Tecnologia digital e eficiência agrícola: uma relação crucial
Renato Serafim, CEO da Ciarama Máquinas John Deere, aponta tendências e desafios cruciais para a safra 2024/2025. Destaca-se a importância da racionalização de custos, que será impulsionada pela estabilidade dos preços das matérias-primas. Estratégias como a reintrodução do escambo, investimentos em software e uso de genéricos emergem como alternativas viáveis. A menor expansão da área cultivada, com exceção do algodão e da cana-de-açúcar, levará os agricultores a focarem em eficiência e inovação tecnológica.
O aumento do uso de produtos biológicos, como inoculantes para soja, reflete uma mudança em direção a práticas agrícolas sustentáveis. Renato Serafim ressalta a recorrência da recuperação judicial no agronegócio em períodos de baixa rentabilidade, alertando para os desafios envolvidos nesse processo.
A expansão da tecnologia digital é apontada como fundamental para a eficiência agrícola, permitindo uma gestão mais precisa dos recursos. O varejo agrícola brasileiro está evoluindo, com destaque para cooperativas e distribuidores regionais, o que cria oportunidades para especialistas em produtos biológicos e consultores autônomos.
A escassez de mão de obra qualificada é destacada, juntamente com a crescente demanda por conhecimento agronômico. A concorrência está se intensificando com a entrada de empresas internacionais e menos regulamentação, o que proporciona mais opções aos agricultores, porém exige adaptação.
Além disso, os desafios envolvem questões de protecionismo, com concorrentes impondo regras arbitrárias e restrições prejudiciais à agricultura brasileira. A transição energética está em curso, com inovações em acionamentos agrícolas e investimentos em energias renováveis, como biodigestores e energia solar. Os agricultores estão buscando fontes extras de renda, reforçando o compromisso do Brasil com a produção de energia limpa e sustentável.