Estratégias para manter a redução gradual da taxa Selic
Luiz Antonio Pinazza, Engenheiro Agrônomo especializado em agronegócio e sustentabilidade, em colaboração com Aline Merladete, destaca que o Comitê de Política Monetária (COPOM), coordenado pelo Banco Central do Brasil (BCB), está realizando o segundo encontro de 2024 nos dias 19 e 20 de março. Esta é a segunda de um total de oito reuniões previstas para o ano, e a expectativa no mercado financeiro é grande até a divulgação do comunicado pós-evento na quarta-feira (20.03).
Seguindo a trajetória iniciada no segundo semestre de 2023, especificamente na 256ª reunião realizada em 1 e 2 de agosto, espera-se que o COPOM mantenha a decisão de reduzir gradualmente a taxa Selic. Na última reunião, realizada nos dias 30 e 31 de janeiro, foi determinado um corte de 0,5% em cada uma das próximas duas reuniões, levando a taxa de 11,25% para 10,75% (261ª) e em seguida para 10,25% (262ª). A previsão é que a taxa encerre o ano de 2024 em 9,0%, e em 8,5% para os anos de 2025 e 2026.
No que diz respeito à inflação, o COPOM considera que há progresso significativo na conjuntura do mercado interno. O BCB segue a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com a expectativa de 3% ao ano para 2024 e 2025, permitindo uma margem de variação de até 1,5% para cima (4,5%) e 1,5% para baixo (1,5%).
Em relação ao desempenho econômico, o Boletim Focus de 15 de março projeta um aumento de 1,80% no Produto Interno Bruto (PIB). A expectativa é que o crescimento se mantenha em 2,0% por 14 semanas para 2025, e por 34 semanas para 2026. Quanto ao dólar, a projeção é de R$ 4,95 para 2024, e respectivamente R$ 5,00 e R$ 5,04 para 2025 e 2026, sujeitos a pequenas variações.