Em um inédito acontecimento no contexto do confronto entre Israel e Hamas no Mar Vermelho, insurgentes houthis lançaram dois mísseis contra o navio Star Isis, que estava transportando uma carga de milho do Brasil para o Irã. Teerã, que é o principal apoiador do grupo xiita houthi no Iêmen, testemunhou pela primeira vez um carregamento brasileiro sendo alvo na região, à medida que os houthis intensificam seus ataques contra embarcações associadas a Israel, Estados Unidos ou Reino Unido em solidariedade ao grupo terrorista palestino.

Os mísseis antinavio foram disparados das posições dos rebeldes em terra, localizadas na margem iemenita do estreito de Bab al-Mandab. Apesar das fontes militares americanas afirmarem que o Star Isis não foi atingido, a empresa britânica de segurança naval Ambrey alega que a embarcação sofreu um impacto, porém sem danos significativos. O navio, que tem certificação para navegar pelo canal do Panamá e capacidade para transportar até 80 mil toneladas de carga, seguiu sua rota conforme registros do site de monitoramento Marine Traffic.

O Star Isis, um graneleiro da categoria Panamax operado pela empresa Star Bulk Carriers de Atenas, teve sua empresa enviando questionamentos à força-tarefa liderada pelos EUA no Mar Vermelho.

Diante desse incidente, foi ativada a Operação Guardião da Prosperidade para lidar com a crise. A operação conta com forças-tarefas já presentes na região, incluindo a Força-Tarefa Combinada (CTF) 153, liderada pelos EUA. Além disso, forças europeias independentes na área foram recentemente reforçadas por navios alemães e dinamarqueses. A situação segue em constante evolução, à medida que a comunidade internacional reage a esse novo acontecimento no conflito no Mar Vermelho.