Conforme levantamento preliminar da Comissão de Informações de Mercado do Sindan, o setor de saúde animal deve registrar um crescimento de aproximadamente 3% em 2023, elevando o faturamento total das indústrias para uma faixa entre R$ 10,5 bilhões e R$ 11 bilhões. No entanto, esses números são estimativas, uma vez que algumas empresas de capital aberto só divulgarão seus resultados após o primeiro trimestre de 2024. Os dados consolidados serão anunciados em maio pelo Sindan.

O crescimento abaixo do esperado no ano passado está relacionado principalmente ao segmento de ruminantes, responsável por mais da metade do mercado de saúde animal no Brasil e que enfrentou instabilidade devido a diversos fatores, como o aumento nos custos dos insumos, a queda nos preços do boi gordo e do leite, o que resultou em um aumento de 10% nos abates de fêmeas. Além disso, a suspensão da vacinação contra a febre aftosa em alguns estados brasileiros impactou negativamente outros tratamentos.

Apesar dos desafios enfrentados pelo setor de ruminantes, o crescimento de 3% no faturamento é considerado normal dadas as condições macroeconômicas do país. Segundo Emílio Salani, vice-presidente Executivo do Sindan, o crescimento observado em 2023 foi impulsionado especialmente pelos segmentos de aves e suínos, e em menor medida, pelos animais de companhia.