Preço do frango vivo no Paraná atinge R$ 4,55/kg, mas qual é o valor real para o produtor?
De acordo com dados divulgados pela SEAB/DERAL, a pesquisa realizada em fevereiro de 2024 apontou que o preço médio do frango vivo ao produtor no Paraná chegou a R$ 4,55/kg. Esses números representam uma leve queda de 0,9% (ou R$ 0,04/kg) em comparação a janeiro de 2024, quando estava em R$ 4,59/kg, e uma redução mais expressiva de 8,6% se comparado a fevereiro de 2023, quando o valor era de R$ 4,98/kg.
No que diz respeito aos insumos utilizados na produção, o preço médio do milho no atacado paranaense foi de R$ 57,55/sc de 60 kg em fevereiro de 2024, representando uma diminuição de 2,97% em relação ao mês anterior e uma queda significativa de 32,44% se comparado a janeiro de 2023.
Já o preço do farelo de soja, essencial para a alimentação das aves, atingiu R$ 2.119,43/tonelada em fevereiro de 2024, o que representa uma redução de 6,91% em relação ao valor de janeiro de 2023 e uma queda mais acentuada de 31,50% em relação a janeiro de 2023.
Analisando a relação de troca entre o frango vivo e os principais insumos utilizados na avicultura de corte, percebe-se que, no início de 2024, essa relação está mais favorável em comparação ao ano anterior. Em fevereiro de 2024, eram necessários 211 kg de frango para adquirir uma tonelada de milho, enquanto no mesmo período de 2023 eram necessários 285 kg. Em relação ao farelo de soja, a relação também é mais favorável ao avicultor: 465 (2024) e 621 (2023).
No mês de fevereiro de 2024, os preços do frango nas granjas paranaenses recuaram aproximadamente 1% em relação a janeiro do mesmo ano e estavam cerca de 9% mais baixos em comparação ao mesmo período do ano anterior. No atacado, houve aumentos ao redor de 9% para o frango resfriado, enquanto no varejo, alguns cortes como o peito registraram elevações de 3,7% e outros como coxa-sobrecoxa se mantiveram praticamente estáveis com uma variação de -0,1%.
Os preços mais altos em fevereiro tanto no atacado quanto no varejo podem ser justificados por alguns fatores, de acordo com informações dos agentes de mercado, como o retorno às aulas em todo o país e um bom desempenho das exportações nacionais em relação ao mês anterior, resultando em uma escassez do produto no mercado interno.