Valorização da soja reflete impacto do câmbio e prêmios competitivos
O mercado de soja brasileira está em alta, impulsionado por uma série de fatores favoráveis, conforme apontado pela CEEMA. Com o câmbio alcançando cerca de R$ 5,00 por dólar e prêmios ligeiramente melhores, os preços da soja registraram aumento. Na última semana, a média semanal no Rio Grande do Sul foi de R$ 112,58 por saco, com valores variando entre R$ 111,00 e R$ 112,00 nas principais praças do estado. Em outras regiões do país, os preços oscilaram entre R$ 103,00 e R$ 110,00 por saco, mantendo uma média em torno de R$ 105,00.
Esse aumento nos preços motivou os produtores a aumentar suas vendas, com um volume de 4 milhões de toneladas negociadas na última semana, o melhor momento desde o ano passado. A maioria (90%) dessas vendas foram para exportação, sendo a China o principal destino. Por outro lado, a colheita da safra 2023/24 de soja no Brasil já atingiu 63% da área total, com destaque para o Paraná, onde alcançou 80%, o maior desde 2016 para esta época do ano.
No que diz respeito às exportações, o Brasil deverá chegar a 14 milhões de toneladas de soja exportadas somente em março, segundo a Anec. Apesar de uma ligeira redução na safra, o Brasil está prestes a colher a segunda maior safra de soja de sua história, reafirmando sua posição como principal fornecedor para a China. As importações chinesas de soja brasileira aumentaram significativamente em 211% nos dois primeiros meses de 2024 em comparação com o ano anterior, ultrapassando a participação dos EUA. A China importou 6,96 milhões de toneladas de soja do Brasil nesse período, em contraste com as 2,24 milhões de toneladas do mesmo período do ano anterior. Com isso, o Brasil aumentou sua participação no mercado de soja chinês para 53%, superando os 38% dos EUA.