Fenômeno pode reduzir aquecimento em 2024, porém tendência de alta continua
No segundo semestre de 2024, a chegada do fenômeno climático La Niña traz uma perspectiva de moderação ao aquecimento global. Mesmo contribuindo temporariamente para a redução das temperaturas globais, esse efeito é considerado uma pausa momentânea em uma tendência de aquecimento contínua, que continua sendo alarmante.
O fenômeno La Niña, que se caracteriza por temperaturas mais frias do que o normal nas águas do Pacífico Tropical, geralmente resulta em um resfriamento relativo no clima global. Em contrapartida, o El Niño, que está chegando ao fim, causa um aquecimento adicional, impactando diretamente a temperatura média superficial global.
De acordo com o Centro Nacional de Informações Ambientais da NOAA, em fevereiro, a temperatura global da superfície foi 1,40 °C acima da média do século XX, tornando-o o fevereiro mais quente já registrado desde 1850. Os últimos meses têm mantido uma sequência de recordes de temperatura, com dez meses consecutivos de novos máximos globais.
Mesmo com a influência resfriadora da La Niña, os modelos climáticos, como o Conjunto Multi-Modelo da América do Norte (NMME), preveem apenas uma leve redução na anomalia da temperatura global nos próximos meses.
O gráfico revela que as temperaturas médias mensais subiram mais de 1,5 graus Celsius acima da média pré-industrial no final de 2023. As previsões do sistema North American Multi-model Ensemble (NMME) indicam que as temperaturas provavelmente diminuirão apenas ligeiramente após o término do El Niño. Fonte: NOAA.
A NOAA estima que há 45% de chances de 2024 ser o ano mais quente já registrado e 99% de chances de estar entre os cinco mais quentes. Isso reforça a mensagem de que, apesar das flutuações temporárias causadas por fenômenos como La Niña, o cenário global permanece de elevação constante das temperaturas, exigindo ações urgentes e eficazes no combate às mudanças climáticas.