Cultura do pinus impulsiona diversos setores da cadeia produtiva florestal
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, ligada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), a extração de resina e o manejo nos coletores em áreas florestais com contratos formalizados seguem acontecendo na região administrativa de Passo Fundo. No entanto, os acordos de arrendamento entre empresas de extração de resina e proprietários de florestas estão progredindo lentamente, com taxas variando entre 20% e 30%.
O preço da resina teve uma redução e a demanda por toras de pinus para abastecer as empresas de Santa Catarina diminuiu. Mesmo assim, a colheita está sendo realizada moderadamente, embora os danos causados pelo ataque de macacos-prego às plantações sejam significativos.
Na região de Caxias do Sul, conforme dados do Censo do IBGE de 2018, a cultura do pinus ocupa cerca de 192 mil hectares. Essa cultura tem uma importância crucial em diversos setores da cadeia produtiva florestal, como a produção de toras, chapas, compensados, entre outros. O preço de venda das toras se estabilizou, com uma procura que se mantém estável. A demanda pela matéria-prima da espécie continua, o que beneficia os produtores com bons preços e um aumento no volume de toras comercializadas, inclusive de diâmetros menores.
Apesar do estímulo gerado pela oportunidade de comercialização das toras de menores diâmetros para retomada do manejo nos plantios, ainda há uma preferência significativa pela modalidade de corte raso. É notável também que existem muitas áreas com a espécie sem o manejo adequado, especialmente com desbastes em atraso. A falta de novos plantios na região, com exceção das empresas verticalizadas, preocupa as entidades do setor florestal, que veem uma expansão dos empreendimentos de desdobro e utilização da matéria-prima na região. A cultura do pinus segue em boas condições fitossanitárias, e o manejo, a colheita e a comercialização estão em andamento.