A escalada dos conflitos no Oriente Médio impactou significativamente esse panorama.
Na semana passada, o mercado de açúcar branco enfrentou um contexto macroeconômico desafiador, devido a uma série de eventos globais e regionais que influenciaram um sentimento negativo entre os investidores.
Um dos principais elementos que contribuiu para essa situação foi a intensificação dos conflitos no Oriente Médio, que aumentou as preocupações com a estabilidade geopolítica e gerou incertezas em relação ao fornecimento de commodities. Essa instabilidade, somada às preocupações com a economia dos Estados Unidos, resultou em uma percepção de maior risco nos mercados financeiros, impactando diretamente os preços das commodities, incluindo o açúcar.
Os países emergentes, como o Brasil, enfrentaram seus próprios desafios. A desvalorização do Real frente ao dólar, que chegou a 4% somente em abril, poderia ter sido benéfica para as exportações brasileiras. Contudo, essa desvalorização não foi suficiente para compensar as quedas nos preços do açúcar, o que contribuiu para a tendência de baixa no mercado.
Um acontecimento de destaque na semana foi o vencimento do contrato de maio do açúcar branco, com preço de US$ 615 por tonelada. Esse vencimento foi marcado por uma entrega significativa de 314 mil toneladas, com presença destacada de fornecedores dos Emirados Árabes Unidos, Índia, Brasil, Polônia e China. É interessante observar que países como Polônia e China apareceram como fornecedores pela primeira vez em anos, apontando para mudanças na dinâmica do mercado global de açúcar. As informações foram divulgadas pela Hedgepoint Global Markets.