Preços internacionais em queda: Grãos e oleaginosas continuam em baixa

Os estoques de milho continuam em níveis elevados

Preços internacionais em queda: Grãos e oleaginosas continuam em baixa

No último trimestre, os preços dos grãos e das oleaginosas continuaram caindo, devido ao dólar americano mais forte, à chegada da colheita sul-americana e aos estoques domésticos abundantes, conforme apontado pelo mais recente relatório trimestral do Knowledge Exchange do CoBank. O milho, sorgo em grão, cevada e aveia tiveram quedas acentuadas, enquanto a soja, o algodão e os trigos de primavera e duro registraram aumentos.

Tanner Ehmke, economista-chefe de grãos e oleaginosas do CoBank, mencionou a possibilidade de muita volatilidade nesses mercados, especialmente devido a fatores climáticos e mudanças nas condições de mercado durante a primavera. Além disso, surgiram preocupações sobre os níveis de água no rio Mississippi, levantando questionamentos sobre possíveis atrasos nos embarques de grãos e sementes oleaginosas.

Apesar da queda nos preços e do dólar forte, as previsões para a área plantada de milho nos EUA caíram 4,9% em relação ao ano anterior, desencorajando o plantio. Da mesma forma, a área plantada com sorgo e a área combinada de cevada e aveia também diminuíram significativamente.

Os estoques de milho continuaram elevados, com um aumento de 13% em relação ao ano anterior, e as exportações, especialmente para o México, foram sólidas, com compromissos de vendas crescendo 19%. No entanto, a competição do Brasil no próximo trimestre pode ser um desafio importante.

Por outro lado, a área plantada com soja aumentou 3%, impulsionada pela forte demanda interna e pelo crescimento do esmagamento de soja, especialmente devido à crescente demanda por óleo de soja para diesel renovável.