A importância da estratégia de armazenamento na cadeia logística agrícola
Segundo estudo realizado pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire) da Embrapa, o Brasil ocupa a quarta posição como maior produtor de grãos do mundo, ficando atrás da China, Estados Unidos e Índia. Destaca-se por ser responsável por 7,8% da produção mundial, conforme o estudo intitulado “O agro no Brasil e no Mundo: uma síntese do período de 2000 a 2020”.
Em 2020, o país produziu 239 milhões de toneladas de grãos e exportou 123 milhões, ocupando a segunda posição como maior exportador global. Esse desempenho é impulsionado pela crescente demanda externa, motivada pelo aumento populacional e de renda mundial.
Entretanto, as dificuldades logísticas são um desafio para o setor agrícola brasileiro. Problemas como inadequada estrutura de armazenamento e distribuição impactam a competitividade. Estimativas do Ministério da Agricultura e da FAO indicam perdas anuais de aproximadamente 10% da produção de grãos no país, refletindo nos custos e nos preços do setor.
A falta de armazéns suficientes leva os produtores a vender sua safra no momento de menor cotação, afetando as margens de lucro e o fluxo de produção. Investir em silos próprios pode ser uma solução viável, considerando as especificidades da produção brasileira, que difere de outros países.
Contudo, a implementação desses silos requer planejamento financeiro, controle e estratégia eficiente. Aspectos como análise de viabilidade econômica, linhas de crédito, infraestrutura e operação devem ser considerados para assegurar a eficácia do investimento.
Com a redução das taxas de juros e maior conscientização dos investidores, é possível melhorar a capacidade de armazenamento de grãos a médio prazo. É fundamental que as decisões de investimento sejam embasadas em estudos detalhados e adequados à realidade do negócio, visando aprimorar a posição do Brasil como principal exportador de grãos do mundo.