TF Agroecologia desenvolve fórmula para auxiliar agricultores na projeção de custos de produção de cereais.
De acordo com a Consultoria TF Agroeconômica, dependendo do mês em que se pretende vender, pode ser vantajoso guardar o milho. Isso se deve ao aumento da demanda, já que três dos cinco maiores produtores mundiais do cereal terão quebras na produção. Por outro lado, é importante considerar os custos de armazenagem e os juros do dinheiro que poderia ter sido aplicado caso o milho tivesse sido colhido e vendido imediatamente.
Kevin Van Trump, agricultor e analista, destaca que com a redução na produção de milho nos Estados Unidos, Rússia e Ucrânia, esses países terão dificuldades em atender a demanda mundial, o que pode beneficiar países como Brasil e Argentina, que aumentaram sua produção.
Os analistas da TF Agroeconômica apontam que, mesmo com a demanda impulsionando os preços do milho e a exportação concorrendo com as indústrias, é esperado que os preços atinjam no máximo R$ 95-98/saca, no segundo semestre do ano. Nesse cenário, é recomendado aceitar esses valores, pois representam uma boa oportunidade de venda.
É destacado que vender antecipadamente pode ser benéfico, aproveitando possíveis condições favoráveis de custo/preço. No entanto, para aqueles que optarem por vender após a colheita, é preciso considerar os custos de armazenamento e o dinheiro parado no silo que poderia estar rendendo aplicado em outra área.
A TF Agroeconômica desenvolveu uma fórmula para auxiliar os agricultores a projetar esses custos mensalmente, levando em conta os custos de armazenamento. Os valores constantes na tabela não são previsões de preços futuros, mas uma atualização do preço atual de junho para os meses seguintes, considerando os custos de armazenamento. Para que valha a pena ter guardado o milho, é necessário vender por um preço igual ou superior ao estabelecido na fórmula. Caso contrário, terá sido um prejuízo.