Cheias históricas levam à suspensão por tempo indeterminado do Aeroporto Salgado Filho
O Rio Grande do Sul continua sendo impactado pelas intensas chuvas, resultando no aumento histórico das águas do Guaíba, superando as enchentes de 1941. A capital, Porto Alegre, enfrentou sérias consequências, com o rio atingindo um nível preocupante de 4,96 metros, conforme dados da Prefeitura local.
Uma das comportas do lago Guaíba, conhecida como portão 14, cedeu nesta sexta-feira (3), causando preocupação principalmente nas regiões de Guarujá, Ponta Grossa, Túnel Verde, Sarandi e no Centro Histórico, de acordo com o prefeito Sebastião Melo (MDB).
O estado do Rio Grande do Sul enfrenta uma situação crítica, conforme Gabriel Rodrigues, meteorologista do Portal Agrolink. As projeções indicam que nos próximos dias ainda haverá um grande volume de chuvas, especialmente na região nordeste, até pelo menos 19 de maio.
O governo, liderado pelo governador Eduardo Leite, se comprometeu em destinar recursos para ajudar as vítimas e reconstruir as áreas afetadas, com a retomada da transferência direta de recursos para os municípios visando agilizar a assistência emergencial.
Os danos nas rodovias já estão sendo avaliados no estado, enquanto equipes de segurança continuam a busca por 68 desaparecidos, com um total de 39 óbitos até o momento. Mais de 350 mil pessoas foram afetadas em 265 municípios, representando mais da metade do território do RS, com mais de 8 mil pessoas resgatadas.
No Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, as atividades foram suspensas por 24 horas devido ao elevado volume de chuvas, visando garantir a segurança de todos os envolvidos. Isso impactou as operações das principais companhias aéreas da região sul do país, como Azul, Gol e Latam.
As inundações no Rio Grande do Sul estão ameaçando a colheita de soja e os preços do produto, enquanto a população e autoridades seguem em alerta para prevenir doenças e acidentes decorrentes das enchentes.