Com o início da intensificação da colheita de pinhão, o RS se destaca no processo
Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, há relatos do início da colheita de pinhão na região sul do Brasil, em conformidade com a legislação em vigor desde 1º de abril. Essa legislação tem o propósito de proteger e promover a reprodução da espécie, assegurando a alimentação da fauna local e sustentando a renda das famílias envolvidas na produção do pinhão.
No entanto, a cadeia produtiva do pinhão enfrenta desafios, pois carece de iniciativas de beneficiamento, industrialização e armazenamento, o que impacta a comercialização, especialmente nos meses de produção entre abril e junho. Em algumas regiões, como em Soledade, é possível encontrar pinhão até agosto e setembro, mesmo em escala reduzida.
Em Soledade, a produtividade prevista para esta safra é significativamente menor do que a anterior, com uma redução estimada em 60%. As possíveis causas apontadas incluem o clima chuvoso durante a polinização entre agosto e novembro de 2022, e a diminuição das plantas produtivas devido à exploração da madeira.
A colheita do pinhão está avançando devido à debulha natural das pinhas das araucárias precoces, indicando a maturidade dos pinhões. Comerciantes em Fontoura Xavier informam sobre a escassez do produto e a necessidade de adquiri-lo na Ceasa de Caxias do Sul, além da falta de mão de obra para a coleta nas florestas.
Os preços para os produtores variam entre R$ 9,00 e R$ 10,00 por quilo, enquanto para os consumidores finais, o preço fica em torno de R$ 15,00 por quilo. Em Passo Fundo, a safra de 2024 também apresenta baixa produção, especialmente neste início de colheita e comercialização, permitidos por lei a partir de 1º de abril.