Impactos do clima na atividade de piscicultura e pesca artesanal

Pesca da tainha predomina em Pelotas

Impactos do clima na atividade de piscicultura e pesca artesanal

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, ligada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), as mudanças climáticas recentes têm afetado a piscicultura e a pesca artesanal em diversas regiões do Rio Grande do Sul.

Em Erechim, as chuvas intensas e as oscilações de temperatura têm causado impactos na piscicultura, embora não tenham sido registradas mortes de peixes. Por outro lado, em Ijuí, o aumento da quantidade de sedimentos nos tanques de criação tem se mostrado um desafio devido à entrada de água das lavouras e estradas.

Passo Fundo tem enfrentado chuvas constantes, que mantiveram os níveis dos reservatórios, no entanto, a redução da luz solar e as temperaturas mais baixas têm afetado a disponibilidade de alimentos naturais nos açudes. Em relação a Porto Alegre, os produtores estão reorganizando e cuidando dos viveiros após os períodos de despesca.

Quanto à pesca artesanal, em Pelotas, Rio Grande e São José do Norte, a captura de camarão na Lagoa dos Patos segue escassa, levando os pescadores a focarem na pesca de tainha e corvina como alternativas. Em Tavares, a Lagoa do Peixe mantém uma boa safra de camarão, com saída satisfatória e preços favoráveis.

Em Pelotas, a pesca tem sido destinada principalmente à tainha, com poucos registros de capturas de camarão. Santa Rosa enfrenta baixa captura de peixes, porém algumas espécies se destacam. A comercialização está sendo direcionada aos consumidores, e a estabilidade nas vendas é aguardada após o período de alta demanda da Semana Santa. O nível instável do Rio Uruguai e a água turva continuam sendo observados.