Persistência do cenário mesmo diante dos problemas causados pela chuva no Rio Grande do Sul
A bovinocultura tem apresentado pouca variação nos últimos dias, com ligeira queda nos preços, devido à grande disponibilidade de gado para abate. Mesmo com os problemas causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul, a influência da pecuária bovina do Estado sobre o mercado nacional de carne é baixa.
O indicador do boi gordo Cepea/B3 foi cotado a R$ 233,05 por arroba ontem (8/5), com uma pequena redução de 0,04%.
No primeiro trimestre, o abate de bovinos no Brasil chegou a 9,237 milhões de cabeças, um aumento de 24,1% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com dados do IBGE divulgados hoje (9/5). Isso indica que a oferta de animais permanece alta.
Um executivo da Minerva Foods afirmou em uma teleconferência que o ciclo de alta da pecuária deve permanecer positivo para a indústria até meados de 2025, devido ao adiamento do abate de fêmeas.
A pecuária do Rio Grande do Sul também foi afetada pelas chuvas e enchentes, com pastagens alagadas e animais arrastados pela enxurrada. Frigoríficos tiveram que interromper suas atividades devido aos impactos da água e da dificuldade de locomoção dos funcionários.
Apesar disso, as raças europeias predominantes no Rio Grande do Sul não têm grande circulação em outras regiões, o que minimiza a influência das recentes ocorrências no Estado sobre as negociações pecuárias do país, de acordo com o Cepea.