O bloqueio atmosférico que tem trazido chuvas intensas e prolongadas para o Sul do Brasil desde o final de abril está começando a perder força. De acordo com a previsão da Climatempo, a dissipação completa desse bloqueio deve ocorrer até o dia 14 de maio, permitindo assim a passagem de frentes frias e a redução das precipitações na região.

Esse bloqueio, que se estabeleceu em 22 de abril, já se mantém por 16 dias e gerou diversos problemas como inundações, deslizamentos de terra e danos às atividades agrícolas. De acordo com os meteorologistas, ele está sendo considerado um dos mais intensos já observados na região.

Com enfraquecimento desse bloqueio, as frentes frias que estavam represadas poderão finalmente avançar normalmente. A primeira delas já chegou ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (8) e deve trazer temperaturas mais baixas, especialmente ao sul do estado.

No próximo final de semana, entre 11 e 12 de maio, outra frente fria mais intensa chegará ao Brasil e ao norte da Argentina. Essa frente pode ajudar a quebrar o bloqueio atmosférico, abrindo caminho para outras frentes frias e diminuindo ainda mais as chuvas no Sul do país.

Apesar de o bloqueio estar perdendo força, as chuvas ainda não cessarão completamente no Rio Grande do Sul. No entanto, espera-se que sejam menos intensas e frequentes, com períodos de sol e frio predominando na segunda metade de maio.

Mesmo com a expectativa de estiagem para o inverno e a primavera, maio de 2024 já se tornou um mês marcante para o clima da região. As fortes chuvas causadas pelo bloqueio atmosférico deixaram um rastro de destruição e levaram o estado a uma situação de calamidade pública.

Com o fim do El Niño 2023/2024, prevê-se que o fenômeno La Niña se estabeleça para o inverno e a primavera de 2024. Uma das consequências do La Niña no Brasil é a seca no Rio Grande do Sul, o que poderá trazer algum alívio após os meses de intensas chuvas.