De acordo com o relatório do Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o ciclo de cultivo das batatas no Paraná é dividido em duas safras, cada uma apresentando desafios e impactos nas condições agrometeorológicas e no mercado.

A primeira safra, plantada entre agosto e setembro e colhida de novembro a março, cobre uma área de 12,6 mil hectares, com 86,0% dela já colhida. Alguns desafios foram enfrentados, como talhões de baixa qualidade devido a chuvas intensas e altas temperaturas durante o desenvolvimento vegetativo. Aproximadamente 15% da colheita está ainda em posse dos agricultores para beneficiamento e classificação antes de ser disponibilizada no mercado.

Quanto à segunda safra, que abrange 11,3 mil hectares, 47% já está no solo, com destaque para as regiões de Guarapuava e Pato Branco, que têm 90% de suas expectativas de cultivo no solo. Espera-se que a pressão altista nos preços diminua no final de março, com a colheita das lavouras de segundo ciclo, desde que as condições agrometeorológicas continuem favoráveis.

Em novembro, o preço médio mensal recebido pelos produtores de batatas foi de R$ 52,08 por saca de 25 kg da batata lisa, com um aumento de 147,5% em relação à semana anterior. Já no varejo paranaense, o preço médio mensal da batata lisa subiu de R$ 4,65 por quilo em novembro para R$ 8,59/kg em janeiro, representando um aumento de 84,7%.

É válido ressaltar que as condições climáticas adversas influenciaram a safra de batatas no Sul e Sudeste do país, prevendo-se uma redução da pressão altista nos preços com a colheita das lavouras de segundo ciclo até o final de março, desde que as condições climáticas permaneçam favoráveis. Nas Centrais de Abastecimento do Paraná (CEASA/PR), a batata comum especial lavada teve variações de preço, sofrendo uma queda de 15,8% na última semana de janeiro devido à retração da demanda do consumidor final.