Pressão de preços é imposta pela oferta elevada mesmo com a demanda não acompanhando o ritmo
Em setembro, a baixa demanda e a oferta elevada de alfaces foram características marcantes. O calor excessivo no Sudeste resultou em alta produtividade da cultura, acelerando o crescimento das plantas, porém a demanda não acompanhou esse aumento, o que pressionou os preços para baixo em todas as regiões analisadas pelo Hortifruti/Cepea.
Em locais como Ibiúna (SP) e Mogi das Cruzes (SP), observou-se uma desvalorização significativa, com a crespa e a americana sendo negociadas a preços inferiores em relação a agosto. Já em Teresópolis (RJ), a tendência de baixa também foi registrada, com quedas expressivas nos valores das alfaces.
Na Ceagesp, a comercialização lenta, a oferta abundante e a redução na qualidade devido ao clima quente afetaram as cotações, que fecharam em patamares menores para as duas variedades de alface.
No início de outubro, algumas regiões já apresentam sinais de melhora na demanda por alfaces, o que pode levar a um cenário de melhores preços, especialmente se as altas temperaturas persistirem e impulsionarem a procura pela folhosa.