Calagem no preparo convencional deve ser realizada de 3 a 6 meses antes da semeadura da cultura de maior interesse econômico, principalmente se o solo estiver com acidez média ou elevada, corrigindo a camada de 0 a 20 centímetros de profundidade.

A aplicação do calcário deve ser feita de maneira uniforme em toda a superfície do solo e incorporada através de aração e gradagem. É importante realizar a pré-incorporação na camada superficial com a primeira gradagem, seguida da incorporação do restante do calcário no solo pela aração.

Se a incorporação inicial for feita com o arado, a distribuição em profundidade será boa, mas deficiente horizontalmente, resultando em uma mistura não homogênea com o solo. Por isso, é essencial evitar realizar a operação com o solo excessivamente úmido, pois o corretivo pode aderir aos torrões, prejudicando a incorporação de forma uniforme.

Na implantação do sistema de plantio direto, a calagem deve levar em consideração o uso anterior do solo e os objetivos, sendo o momento derradeiro para incorporar o calcário em profundidade. Portanto, a escolha de um produto com maior efeito residual, baseando-se não apenas no PRNT, mas também na reatividade e poder de neutralização, é fundamental.

Em áreas de campo natural, a aplicação do calcário deve ser feita até seis meses antes do plantio da cultura mais exigente em relação ao pH, considerando a necessidade de umidade no solo para surtir efeito. A distribuição uniforme e a incorporação eficaz do corretivo são essenciais para a eficiência da operação, evitando problemas causados pela má distribuição.

Por fim, a calagem superficial e na linha de semeadura são práticas que devem ser adotadas em situações específicas, levando em conta as características do solo e da cultura a ser implantada. É importante seguir as recomendações técnicas para garantir a correção da acidez do solo de forma adequada em cada contexto.