A batata transgénica é fruto de uma colaboração pública internacional que busca desenvolver variedades resistentes à requeima para o Bangladesh, a Indonésia, o Quénia e a Nigéria. Este tipo de batata seria a terceira cultura transgénica a avançar para a fase comercial na Nigéria, seguindo os passos do algodão e do feijão nhemba.

O projeto de batata geneticamente modificada (GM ou transgênica) na Nigéria concluiu com sucesso seu primeiro ano de testes confinados em vários locais, revelando que as batatas modificadas geneticamente apresentam um aumento significativo de rendimento em comparação com as variedades convencionais plantadas no país. Essas informações foram divulgadas em uma declaração assinada por Alex Abutu, oficial de comunicações da Fundação Africana de Tecnologia Agrícola (AATF), na quarta-feira em Kaduna.

Abutu destacou que os resultados iniciais obtidos nos locais de teste, como Kuru e Bokkos em Plateau e Kusuku em Taraba, mostraram que as batatas biotecnológicas tiveram uma vantagem de rendimento consistente superior a 300%. Isso foi observado em comparação com a variedade convencional de melhor desempenho no país quando nenhum fungicida foi utilizado.

Os testes foram realizados no âmbito da Feed the Future Global Biotechnology Potato Partnership (GBPP), um projeto de cinco anos coordenado pela Michigan State University, focado na promoção de batatas resistentes à requeima em variedades preferidas pelos agricultores no Bangladesh, na Indonésia, no Quénia e na Nigéria.