De acordo com Fabio Domingues, diretor do Grupo Vigna Brasil, o processo de registro de defensivos agrícolas no Brasil é um dos mais rigorosos, burocráticos e demorados do mundo, inclusive para produtos biológicos. Para agilizar esse processo, é importante considerar estratégias antes e durante a elaboração do dossiê de registro, além de escolher culturas de ciclo curto para acelerar a obtenção dos resultados em campo.

Domingues ressalta que essa estratégia é válida não apenas para produtos biológicos, mas também para produtos agroquímicos regulares, onde a recomendação é feita por cultura/alvo. A longa espera pelo registro desses produtos pode ser minimizada pela geração de estudos com outras culturas de interesse, para posterior submissão como um processo de pós-registro, que é mais rápido.

Para os biopesticidas, existe a possibilidade de um "atalho" baseado no perfil de baixa toxicidade, tornando o processo de registro mais rápido, em torno de 10 a 12 meses. No entanto, a qualidade do dossiê apresentado é fundamental para evitar exigências complexas das autoridades e possíveis atrasos ou até mesmo rejeição do processo.