O preço médio do boi registra aumento de 1,75%
Na região de Bagé, os campos nativos estão atualmente com boa quantidade de massa verde, o que vem melhorando a disponibilidade de forragem. No entanto, em áreas de solo arenoso, a escassez de chuvas já começa a impactar o desenvolvimento do pasto. Apesar do escore corporal do gado ter melhorado, os produtores aguardam por condições mais favoráveis de preços para a comercialização, que continua limitada devido ao mercado retraído para o gado gordo e categorias de reposição.
Por outro lado, em Caxias do Sul, os animais criados em pastagens estão em boa condição corporal, apresentando ganho de peso satisfatório devido ao desenvolvimento das forrageiras. O conforto térmico proporcionou uma melhor ingestão de pasto e aumento da produtividade. Na região de Erechim, o mercado está em baixa devido à alta oferta e baixa demanda, o que tem causado dificuldades nas negociações de animais.
Em Passo Fundo, os desafios na comercialização de animais, especialmente para recria e terminação, persistem devido aos preços baixos. Em Pelotas, na fase predominante de reprodução, ainda são realizadas algumas Inseminações Artificiais em Tempo Fixo (IATFs). Apesar das boas condições corporais, alguns animais têm enfrentado problemas de saúde, como bicheira, carrapato e mosca.
Já em Santa Maria, o rebanho de corte tem condições nutricionais adequadas graças à disponibilidade de pasto, com expectativa de melhora com as precipitações. Os pecuaristas de Santa Rosa têm enfrentado preços desfavoráveis, o que tem levado a retenção de bovinos terminados à espera de uma melhora na comercialização.
Em Soledade, tem sido observado ganho de peso devido à abundante oferta de forragem. No entanto, em áreas onde o manejo ocorre em campos nativos sobre solos pobres, a oferta de pasto é reduzida, sendo agravada pela restrição hídrica.
De acordo com o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, o preço médio do boi aumentou 1,75%, passando de R$ 7,99 para R$ 8,13, assim como o preço da vaca para abate, que teve um aumento de 2,05%, de R$ 6,82 para R$ 6,96 por quilograma vivo.