Reciclagem de recipientes plásticos para produção de embalagens de agroquímicos
A primeira coleta do Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos foi realizada em 23 de outubro de 2000, dois anos antes da legislação sobre logística reversa ser instituída. Essa ação é fruto de uma parceria pioneira entre o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), empresas associadas e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Atualmente, beneficia 106 mil produtores de 381 municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, contando com iniciativas semelhantes apoiadas no Paraná.
Até setembro de 2022, esse programa já possibilitou o destino correto para 18,8 milhões de embalagens, incluindo recipientes de produtos usados em outras culturas pelos produtores de tabaco em suas propriedades. As embalagens são coletadas e encaminhadas para centrais credenciadas pelo inpEV, onde passam por separação seletiva e são enviadas para reciclagem.
O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, destaca que o programa surgiu com o intuito de preservar o meio ambiente, garantir a saúde dos produtores e seguir a legislação. Os produtores são orientados a lavar os recipientes e armazená-los para devolução nos pontos estratégicos de coleta, proporcionando comodidade e evitando deslocamentos.
Esse exemplo de logística reversa, que teve início antes da sigla ESG existir, serve de modelo para outros setores do agronegócio. Com itinerários abrangendo diversos pontos de coleta em regiões estratégicas, o programa percorre várias localidades em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, facilitando o processo para os produtores. O tabaco, uma das culturas que menos demanda agrotóxicos, demonstra o compromisso do setor com o meio ambiente e a segurança dos produtores. A pesquisa realizada pela Esalq/USP em 2016 confirma essa prática consciente na agricultura.