Mercado apresenta equilíbrio inesperado diante da mudança de cenário.
O mercado global de algodão recebeu importantes insights do mais recente relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que trouxe notáveis ajustes no balanço de oferta e demanda. Uma análise detalhada realizada pelo ItaúBBA destacou mudanças significativas nas expectativas para a safra 2023/24.
Segundo o relatório, a produção mundial de algodão está projetada em 24,6 milhões de toneladas, apresentando um pequeno declínio em relação às 25,3 milhões de toneladas previstas para a safra anterior (2022/23). Esse declínio é mais acentuado nos Estados Unidos, com uma queda de 14%, enquanto o Brasil projeta um aumento de 24%.
O consumo global de algodão em 2023/24 deve crescer modestamente 1%, atingindo 24,5 milhões de toneladas. Surpreendentemente, as projeções iniciais de déficit se transformaram em um superávit de 79 mil toneladas. Essa reversão é consideravelmente maior do que as expectativas anteriores, que previam déficits de 758 mil, 693 mil e 401 mil toneladas nos meses de setembro, outubro e novembro, respectivamente.
A mudança de déficit para superávit ressalta a mudança de um cenário que antes indicava preços mais altos da fibra em 2024, conforme indicado pela análise do USDA. Essa alteração sugere uma dinâmica de mercado mais equilibrada do que previsto inicialmente.
A revisão para baixo das projeções de consumo de algodão em 2023/24 pelo USDA e a transformação do déficit em um superávit de 79 mil toneladas destacam a volatilidade e a complexidade do mercado global de algodão. Essas mudanças têm implicações significativas para os produtores, traders e demais envolvidos no setor, influenciando estratégias de precificação e tomada de decisões nos próximos meses.