O seguro agrícola é uma ferramenta essencial para proteger os agricultores contra os efeitos imprevisíveis do clima, tendo uma longa história ligada à proteção dos investimentos na agricultura. Desde os tempos mais remotos da agricultura, os agricultores têm buscado meios de reduzir os riscos inerentes à atividade, cientes de que as condições climáticas podem afetar a produção e, consequentemente, a sua fonte de renda.

Joaquim Neto, presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais, destaca a importância do seguro agrícola para proteger os agricultores contra perdas decorrentes de eventos climáticos, como seca, excesso de chuva, granizo e geada. Ele ressalta o aumento na frequência e severidade desses eventos climáticos nos últimos anos, influenciados por fenômenos como La Niña e El Niño, afetando diversas regiões do país.

O sul do Brasil, especialmente os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, se destacam nas contratações de seguro agrícola, com pequenos e médios agricultores também aderindo ao seguro, favorecidos pela subvenção do governo. Porém, há desafios a serem superados, como a limitação orçamentária da subvenção e a redução do interesse das resseguradoras devido a recentes perdas locais e globais.

Além do seguro agrícola, os agricultores têm buscado estratégias adicionais para mitigar os riscos, como o Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos (ZARC) desenvolvido pela Embrapa, que auxilia na identificação da melhor época de plantio para cada região. Essas estratégias são fundamentais para enfrentar os desafios climáticos e garantir a estabilidade econômica dos agricultores.

O crescimento do seguro agrícola nos últimos anos demonstra a sua importância na proteção dos agricultores brasileiros, contribuindo para a estabilidade econômica e financeira do setor agrícola. A utilização do ZARC e outras políticas de seguro rural são fundamentais para garantir a segurança dos agricultores diante dos desafios do campo, com governos de diversos países reconhecendo a importância de apoiar os agricultores na gestão de riscos.