Dados fornecidos por especialista mostram crescimento significativo na produção de frangos
Em meio a incertezas e desinformação sobre o consumo de carne de frango, o Engenheiro Agrônomo Juarez Morbini Lopes esclareceu um dos mitos mais difundidos: o uso de hormônios em frangos de corte. Com mais de 30 anos de experiência em nutrição e avicultura, Morbini esclareceu a crença popular de que hormônios aceleram o crescimento das aves.
Segundo Morbini, pesquisas comprovam a ineficácia dos hormônios para promover o crescimento das aves. Ele menciona estudos que demonstram que substâncias andrógenas como testosterona e outras não estimulam o ganho de peso nas aves, pelo contrário, reduzem o peso corporal.
O engenheiro agrônomo enfatiza que hormônios, sejam naturais ou sintéticos, inibem o crescimento dos frangos, conforme observado desde 1948 em diversas pesquisas. Além disso, destaca que a administração de substâncias hormonais na produção avícola é ilegal de acordo com a legislação vigente.
Para promover o crescimento das aves, é essencial fornecer nutrientes como minerais, vitaminas e aminoácidos através de uma ração balanceada, garantindo o suprimento de todos os nutrientes necessários. Aminoácidos, que são nutrientes essenciais à composição das proteínas, não são hormônios, mas sim importantes para o desenvolvimento das aves.
Morbini ressalta que o crescimento acelerado das aves é resultado de avanços científicos e tecnológicos na área, como a seleção genética, o desenvolvimento de rações balanceadas e um sistema de sanidade eficiente. Com isso, ele garante aos consumidores que a carne de frango é uma opção saudável e segura, livre de hormônios exógenos.
Em resumo, as razões para não utilizar hormônios em frangos são: a impossibilidade de fornecimento oral de hormônios peptídicos, a ilegalidade conforme normas do MAPA, a ineficiência no uso dessas substâncias e o alto custo, o que inviabiliza seu uso em larga escala na avicultura comercial.